domingo, 17 de fevereiro de 2013

Atuações: Seedorf e Jefferson têm maiores notas alvinegras no clássico

Botafogo acaba derrotado pelo Flamengo no Engenhão: 1 a 0




JEFFERSON - GOLEIRO
Fez boas defesas. Mostrou segurança na partida e não teve culpa no gol..
Nota: 7,0

LUCAS - LATERAL-DIREITO
Teve desempenho regular na defesa, sem comprometer, mas ficou um pouco apagado no apoio.
Nota: 5,5

ANTÔNIO CARLOS - ZAGUEIRO
O melhor da zaga alvinegra, mostrou segurança na partida.
Nota: 6,5

BOLÍVAR - ZAGUEIRO
Com dificuldades nas bolas aéreas e também com a velocidade do ataque rival. Falhou ao deixar Gonzalez desviar para Hernane no primeiro gol. Melhorou no decorrer do jogo.
Nota: 5,0

MÁRCIO AZEVEDO - LATERAL-ESQUERDO
Mostrou disposição e se movimentou bastante, procurando puxar contra-ataques, mas foi pouco eficiente.
Nota: 6,0

JÚLIO CÉSAR - VOLANTE
Com dificuldades para encontrar sua posição no campo, o lateral improvisado de volante não foi bem na marcação nos primeiros 20 minutos. Falhou ao ficar de costas e dar condição para Hernane marcar o primeiro do Flamengo. Melhorou um pouco no decorrer da partida.
Nota: 5,0

FELLYPE GABRIEL - VOLANTE
Acertou um chute na trave e procurou dar qualidade à saída de bola, mas, fora da sua posição original, encontrou dificuldades na marcação.
Nota: 6,0

JADSON - VOLANTE
Entrou para melhorar a marcação no segundo tempo, quando o Flamengo crescia no jogo, e cumpriu o seu papel.
Nota: 6,0

LODEIRO - MEIA
Fez algumas jogadas e uma boa cobrança de falta no primeiro tempo, mas não teve boa atuação. Apagado na etapa final.
Nota: 5,0

VITINHO - MEIA
Perdeu uma ótima chance em passe de Seedorf, aos cinco minutos, e pouco apareceu no restante do primeiro tempo.
Nota: 5,0

CIDINHO - MEIA
Entrou na vaga de Cidinho e deu mais velocidade ao ataque alvinegro, movimentando-se bem e procurando participar dos lances.
Nota: 6,0

SEEDORF - MEIA
Fez grande jogada aos cinco minutos, quando deixou Vitinho livre para perder a chance do empate, e foi o principal articulador da equipe. Faltou alguém para acompanhá-lo. Caiu de produção no segundo tempo.
Nota: 7,0

BRUNO MENDES - ATACANTE
Nas duas boas chances que teve no primeiro tempo, finalizou em cima de Felipe. Saiu no intervalo.
Nota: 4,0

SASSÁ - ATACANTE
Entrou no lugar de Bruno Mendes. Teve dificuldades para vencer a marcação e ficou apagado, com a bola chegando pouco ao ataque.
Nota: 5,0

OSWALDO DE OLIVEIRA
Escolheu atuar com dois volantes improvisados e uma falha de marcação logo no início da partida lhe custou a derrota no clássico. As substituições que promoveu não alteraram o panorama da partida.
Nota: 5,5


Clique aqui e veja as notas do Flamengo.

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Canela de Hernane decide, Flamengo vence Botafogo e garante vantagem

Clube rubro-negro bate rival por 1 a 0, se consolida como melhor campanha geral e joga por empate no mata-mata da Taça Guanabara


Nas arquibancadas do Engenhão, a torcida do Flamengo emplacou sua versão para a música “Viva la Vida”, do grupo britânico Coldplay. Mas, dentro de campo, foi na simplicidade de uma canelada que Hernane decidiu o clássico contra o Botafogo. O Brocador, como se autodenominou, marcou o gol único da partida logo no início e garantiu a vitória por 1 a 0 na noite deste domingo.

O resultado dá uma série de benefícios ao vencedor. Depois de conquistar 19 dos 21 pontos que disputou, o Rubro-Negro garantiu a primeira posição do Grupo B uma rodada antes do fim da fase classificatória da Taça Guanabara – o Fluminense tem 14 pontos – e também se garantiu como time de melhor campanha geral. O status garante a vantagem de empate na semifinal e, se avançar, na decisão do primeiro turno.

A vitória reforça a importância de Hernane no início de temporada. Ele marcou oito dos 14 gols do time no ano e lidera com folga a artilharia do Carioca – os vice-líderes têm quatro. O atacante ofuscou a estreia de Carlos Eduardo, que jogou por 45 minutos e foi discreto.

- A equipe manteve a base, isso foi importante. E os jogadores que chegaram contribuíram para esse momento chegar. É fruto também do trabalho de dia a dia, e quem entra procura manter. E agora é dar continuidade que estamos no caminho certo - disse Léo Moura.

Apesar da derrota, o Botafogo não fez uma partida ruim. O time teve chances de empatar, acertou a trave, mas demonstrou deficiência nas finalizações. O principal jogador foi Seedorf. Por outro lado, a tática de Oswaldo de Oliveira de improvisar Julio Cesar na cabeça-de-área no primeiro tempo não funcionou, e a defesa deu espaços à dupla adversária Elias e Ibson.

- Foi um jogo equilibrado, momento de sorte do Flamengo decidiu. Temos que ficar de cabeça erguida e seguir trabalhando - analisou Seedorf.

O Alvinegro segue na liderança do Grupo A, com 14 pontos. O Vasco é o segundo, com 13.

Canela brocadora
Hernane comemora gol do Flamengo contra o Botafogo (Foto: Rudy Trindade / VIPCOMM)
Estreante do domingo e principal contratação do Flamengo em 2013, Carlos Eduardo teve o primeiro contato com os torcedores rubro-negros com um Engenhão com público razoável (pouco mais de 23 mil presentes). Ele e Rafinha foram os mais festejados na entrada em campo. O meia-atacante não jogava desde o dia 6 de dezembro, quando defendeu o Rubin Kazan, na Liga Europa. A torcida do Botafogo não tinha um novo jogador para conhecer. Mas, para quem tem Seedorf, celebrar a cada partida o mesmo ídolo não é difícil. E assim foi feito.

A noite abafada no Rio de Janeiro não significou início de jogo em ritmo lento. Aos três minutos, o Flamengo abriu o placar. Após cobrança de escanteio de João Paulo da esquerda, González ganhou na cabeça de Bolívar sem sair do chão, a bola desviou nas costas de Fellype Gabriel e sobrou para Hernane, na pequena área, empurrar de canela para o gol. Os botafoguenses levantaram os braços pedindo impedimento, mas Julio Cesar deu condição e não acompanhou a movimentação do adversário.

O Botafogo encontrou um caminho aberto pela esquerda e fez duas jogadas semelhantes. Na primeira, Fellype Gabriel aproveitou corte mal feito da zaga e chutou no pé da trave. Logo depois, Seedorf driblou Wallace com facilidade e rolou para Vitinho bater por cima.

A partida continuou intensa. Ibson fez lindo passe para Rafinha. Ele entrou livre na área, mas Jefferson saiu bem, fechou o ângulo e defendeu com as pernas.

As chances se sucediam de lado a lado em ritmo frenético. Aos 12, foi a vez do Botafogo. Lodeiro roubou a bola de Ibson, Bolívar ajeitou, e Bruno Mendes chutou forte, mas em cima de Felipe. O goleiro espalmou e evitou o empate.

O Flamengo alternava marcação frouxa no meio-de-campo - Cáceres foi a exceção - com agilidade nos ataques. A movimentação de Ibson e Elias deu resultado novamente aos 15. Elias ajeitou, e Hernane, de primeira, finalizou rente à trave direita de Jefferson.

A força do Botafogo estava com os estrangeiros. Seedorf e Lodeiro revezaram-se na função de articulador de jogadas. O uruguaio também levou perigo em uma cobrança de falta. A jogada mais provável era o cruzamento, mas ele bateu no canto direito, e Felipe se esticou para defender.

A partida, enfim, diminuiu de velocidade a partir dos 25 minutos. Para sorte de Carlos Eduardo, que sentiu o ritmo pesado e teve dificuldades de movimentação. Ele saiu no intervalo para a entrada de Rodolfo. O Botafogo foi levemente superior até o fim da primeira etapa, mas sem perigo nas finalizações. Oswaldo de Oliveira percebeu a falta de pontaria e trocou Bruno Mendes por Sassá.

Rodolfo: quase inacreditável

O equilíbrio do primeiro tempo permaneceu na fase final. O Flamengo insistiu com a velocidade de Rafinha, desta vez auxiliado por Rodolfo. Do outro lado, o Botafogo ameaçou pelo alto. Seedorf cobrou escanteio, Antonio Carlos subiu sozinho e testou para fora.

Aos 17, enfim, o Flamengo encaixou um contragolpe. Rafinha driblou no meio-de-campo e enfiou para Rodolfo nas costas da zaga. O meia entrou livre, cortou Jefferson e com o gol vazio, mas um pouco desequilibrado, chutou por cima do travessão.

Outra tabela entre Rafinha e Rodolfo quase terminou em gol de Hernane. O camisa 11 cruzou rasteiro, e o Brocador só não marcou o segundo dele no jogo porque Bolívar, de carrinho, colocou a escanteio. No lance, o artilheiro sentiu uma fisgada na coxa esquerda e foi substituído por Igor Sartori, filho de Alcindo, ex-jogador do Flamengo no fim da década de 80. Do lado de fora, começou o tratamento com gelo no local, mas, a princípio, não preocupa para as próximas partidas.

O Botafogo começou a pressionar a partir dos 30. Sassá bateu de fora e Felipe defendeu em dois tempos. Logo depois foi a vez de Lucas driblar na ponta direita e chutar de bico para defesa do goleiro adversário. Mas, recuado, o líder resistiu e garantiu a vitória.

Por GLOBOESPORTE.COM