Apresentado na vitória por 3 a 0 sobre o Bahia no primeiro turno, holandês reencontra o rival agora em campo, com a camisa 10 do clube carioca
Fábio Ferreira e Seedorf deixam o treino do Bota (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com) |
Com números consistentes, Seedorf se reencontrou no Botafogo. Ele atuou em 14 jogos com a camisa do novo clube, marcando sete vezes. No Brasileiro, entrou em campo 13 vezes e fez seis gols, dois a menos do que Andrezinho e Elkeson, os artilheiros do time na competição. A explicação do holandês é simples.
- Estou em outro clube, com outras metas para trabalhar. Fiz no menor tempo possível a minha adaptação, pois chegar em janeiro seria outra coisa. Tinha um mês para entrar no ritmo em outro país, com uma cultura diferente. Mas no fim, é futebol. Com esta base de comunicação, a gente se entende. Nunca foi uma preocupação a minha adaptação. Tenho a motivação por ser um campeonato novo e estou gostando - comentou Seedorf.
Desde de sua estreia, no dia 22 de julho, na derrota por 1 a 0 para o Grêmio, Seedorf ficou fora de apenas quatro dos 18 jogos que o Botafogo disputou. Na temporada passada, dos 53 jogos do Milan, atuou em 30. Com a chance de estar sempre em campo, demonstra mais alegria para trabalhar.
Ano passado, por uma escolha técnica, joguei menos. Mas na Europa é como aqui. Alguns jogadores atuam 60 vezes em um ano. O ritmo de jogar sempre é melhor do que ficar parado. É difícil para um jogador como eu que sempre joguei muito. É preciso trabalhar para se recuperar rapidamente"
Seedorf
- Ano passado, por uma escolha técnica, joguei menos. Mas na Europa é como aqui. Alguns jogadores atuam 60 vezes em um ano. O ritmo de jogar sempre é melhor do que ficar parado. É difícil para um jogador como eu que sempre joguei muito. É preciso trabalhar para se recuperar rapidamente - comentou Seedorf.
A mudança de temperatura foi outro ponto com o qual Seedorf precisou se acostumar, apesar de ainda não ter enfrentado o período mais quente no Brasil. Mesmo assim, passou a compreender o ritmo de jogo do país que acompanhava pela televisão quando estava na Europa.
- Eu via um jogo com ritmo mais lento e agora entendo. Não dá para ser mais forte com o calor aqui. O jogo é diferente, mais trabalhado. Não se pode esperar uma correria com 38 ou 40 graus. Com Milan, no período de maior calor, a velocidade também era menor e esse é um aspecto normal do jogo. Mas a preparação deve ser igual para que você aguente os 90 minutos. A maior diferença é que na Europa são 11 meses para a competição nacional, com mais trocas no time, enquanto aqui se joga em cinco ou seis - explicou Seedorf.
Por Thales SoaresRio de Janeiro