quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Sonhar não custa nada



Eduardo Vargas, quando atuava na Universidad de Chile/Crédito: Ivan Alvarado/Reuters

Segundo o site PLACAR, o Napoli divulgou um plano para emprestar o atacante Eduardo Vargas, fato confirmado pelo Diretor esportivo do clube italiano, Riccardo Bigon.


"Ele vai ser emprestado. Nós temos várias soluções na Europa e na América do Sul e elas se mostraram melhor para o seu crescimento”, disse o diretor esportivo do Napoli.

Sendo assim, São Paulo e Grêmio podem comemorar já que demonstraram interesse em contar com o jogador, que se destacou no time da Universidad de Chile - campeã da Sul-Americana em 2011, para a próxima temporada. Recentemente convocado para alguns jogos da seleção chilena, Vargas é pouco utilizado no Napoli, e deve sair.

Bom seria se o Botafogo pudesse entrar nessa lista de pretendentes mas, com as dificuldades financeiras recorrentes e anunciadas, nossa realidade é bem diferente do São Paulo de hoje. O clube paulista, com os cofres cheios, busca um nome para substituir o atacante Lucas que recentemente foi vendido ao Paris Saint-Germain, da França e hoje foi apresentado à imprensa. Seu presidente Juvenal Juvência avisa que não entrará em leilão pelo atleta, que também tem propostas de outros clubes italianos.

Passamos as últimas duas semanas de 2012 ouvindo promessas de nossos dirigentes de que teríamos reforços para a zaga, laterais e ataque já para a pré-temporada, com início marcado para o dia 4. Mas até agora, nada.

Fomos embalados por pequenos desejos - bem mais modestos do que os de são-paulinos e gremistas que sonham com Vargas. Neles estavam incluídos Grafite, Dagoberto, Nenê, Tanaka e uma interminável lista de especulações onde figurou até mesmo o experiente Davis Beckham, que acabara de encerrar sua carreira por gramados americanos.

Com a venda de Elkeson concretizada, acordamos para a realidade da manutenção de Seedorf, Bruno Mendes e, quem sabe, Dória pelo menos até a metade da temporada. Apesar do alto índice de rejeição da torcida, a diretoria preferiu manter o técnico Oswaldo no comando da equipe. Teremos ainda as voltas de Loco Abreu, cujo destino final é uma incógnita e de Caio, que ainda deve ser negociado. 

Seguem indefinidas as situações de Somália, Jobson e Fábio Ferreira, com poucas possibilidades de mercado e a "confirmação" da reapresentação do execrado Rafael Marques, pelo mesmo motivo.

Como dia 4 ainda não chegou e, até que se prove o contrário, o vice de futebol Chico Fonseca merece nossa consideração. Esse é o prazo que ele pediu para divulgar seus contratados e antes que se expire, só nos resta torcer para que suas promessas se concretizem para alegria geral da nação alvinegra. Será?


Por BotafogoDePrimeira

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Retrospectiva 2012: Que venha o Bota de 2013

O Globoesporte publicou ontem, último dia do ano, uma retrospectiva do Botafogo em 2012 utilizando-se pra isso, fotos dos dez momentos mais marcantes do time sob o comando de Oswaldo de Oliveira.

Destacou a chegada de Seedorf, a saída de Loco e revelação de jovens valores das categorias de base como os três fatos mais significativos da temporada do Alvinegro, que reproduzimos aqui com alguns comentários.

Loco Abreu levantando o troféu da Taça Rio, a única conquista alvinegra no ano. Nessa altura do campeonato, a torcida acreditava em dias melhores na temporada que acabou não se confirmando já na decisão do campeonato contra o Flu, que levou a disputa de maneira incontestável com uma vitória elástica no primeiro jogo por 4 a 1. O Bota foi para o segundo jogo com muita vontade, porém com uma carga emocional desproporcional ao seu estágio de preparação. Não deu.


No segundo momento, após a desilusão na decisão do Carioca, a torcida concentrou suas esperanças na Copa do Brasil, um título que ainda não conseguiu e que levaria o clube à tão sonhada vaga na Libertadores. A equipe foi eliminada em casa pelo Vitória logo nas oitavas de final da Copa do Brasil colecionando mais uma decepção e transferindo o sonho para o ano seguinte.

Diante de tanto desalento, enfim uma notícia para reacender a chama de uma paixão não correspondida. Finalmente o clube consegue fechar com o astro internacional Seedorf, uma promessa de campanha, improvável de ser cumprida naquela conjuntura de incertezas. O jogador é recebido por uma multidão de torcedores no aeroporto na chegada ao Rio de Janeiro e renova a esperança em dias melhores nas próximas competições.

Recebido com certo descrédito por parte da imprensa e pela maioria dos torcedores adversários, Seedorf demonstrou uma dedicação incomum nos primeiros treinamentos, poucas vezes vista num jogador do futebol brasileiro. O holandês, de 36 anos, impressionou a todos com sua forma física invejável e rapidamente se integrou ao elenco, tornando-se um exemplo pra todos, principalmente para os jogadores mas novos vindos da base que começavam a ter oportunidades no time.

Mas nem tudo era perfeito em G. Severiano e logo o clube se viu diante de um dilema. O ídolo Loco Abreu, em má fase no início da temporada, não teve sua condição respeitada pelo técnico e viu seu castelo ruir de um dia para o outro. A incompatibilidade entre o novo esquema de jogo e o estilo do artilheiro foi o motivo alegado pelas partes. Sem espaço com Oswaldo de Oliveira, El Loco acabou sendo emprestado ao Figueirense iniciando um martírio que se confirmaria ao longo do Brasileirão.

Com a intenção de resgatar o passado-presente do símbolo do título brasileiro de 95, o clube abraça o projeto do artilheiro Túlio em busca do gol 1000, a ser concretizado com a camisa do time que o projetou. Com alguns percalços no caminho, o projeto encampado pela diretoria de marketing tem previsão de se estender até 2013, até que o objetivo seja alcançado. Túlio Maravilha voltou ao Bota para seguir sua missão de chegar ao milésimo gol na carreira.


Jobson se constitui, desde que o clube resolveu reintegra-lo ao elenco no início da temporada, numa decepção sem fim. Atuou em apenas um jogo no Carioca e fez um gol. O jogador, que já havia demonstrado sua excepcional qualidade técnica dentro de campo, o que levou o clube a fazer um esforço para adquirir seus direitos, fracassou novamente, demonstrado problemas graves para se enquadrar ao regime profissional. Frustrou a todos que nele depositava esperanças de conquistas de títulos: direção, comissão técnica e torcedores. Jobson voltou ao Bota, mas não entrou em campo. Apenas treinou... e sozinho.

Um dos pontos positivos de 2012 foi revelar jovens como Gabriel, Dória e Jadson. Por circunstâncias da temporada, o técnico Oswaldo e Oliveira foi impelido a dar oportunidade aos jogadores da base que já integravam o elenco. Gabriel e Jadson assumiram a condição de titular com o afastamento de M. Mattos e Lucas Zen por contusão. Renato, antes absoluto na posição, não teve uma boa sequência e contribuiu para essa condição. O jovem zagueiro Dória se tornou, em pouco tempo, a jóia da coroa ao assumir, com 17 anos, a condição de titular absoluto no time o que despertou a cobiça de grandes clubes europeus. Outros jovens tiveram oportunidade, como Renan, Cidinho, Jeferson Paulista e Sassá, renovando as esperanças da torcida num futuro mais promissor.

Durante os momentos mais difíceis do time, Oswaldo de Oliveira foi o principal alvo da ira da torcida. Demonstrando pouca habilidade no trato da situação, chegou a afirmar à imprensa que tinha pena dela (torcida) pra justificar vaias que recebera pelo baixo rendimento do time em certas oportunidades, no Engenhão. A síntese do clima foi demonstrada pelo morador do edifício próximo ao campo de treinamento, expondo todo o seu descontentamento com os resultados obtidos na temporada. No fim, o técnico teve seu contrato renovado com o clube.

Bruno Mendes, de 18 anos, se tornou a grande sensação na reta final do campeonato ao manter uma excelente média de gols, suprindo a carência de nosso ataque. Deixou na torcida a impressão de que poderíamos alcançar o objetivo pretendido - vaga na Libertadores, se o jogador tivesse chegado um pouco antes. Depois de passar por momentos de incerteza na carreira com o embrólio na justiça que o impediu de jogar pelo clube nas últimas partidas, se mostrou tranquilo com a reversão da decisão, está convocado para a Seleção sub-20 e é a nossa maior esperança de gols para 2013.

Essa foi a retrospectiva do Fogão em 2012. Com a chegada do novo ano, as esperanças de uma boa temporada se renovam com a possibilidade de chegarmos a um título de projeção, apesar de que as perspectivas de novas contratações não se confirmaram até o fechamento dessa matéria.

Por BotafogoDePrimeira