sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Presidente abre portas para volta de Loco Abreu ao Botafogo



Mauricio Assumpção reconhece que uruguaio pode deixar o Figueirense caso catarinenses sejam rebaixados no Brasileiro, mas diz que partes ainda precisam conversar




O presidente Mauricio Assumpção admitiu que o Botafogo pode ter o uruguaio Loco Abreu de volta já no início da próxima temporada. Isso porque o contrato de empréstimo com o Figueirense, que vai até o fim de 2013, prevê a volta do atacante ao Glorioso, caso a equipe catarinense seja rebaixada no Brasileiro.

Mesmo reconhecendo as chances de ter o jogador de volta, já que o time catarinense está na 19 colocação no Campeonato Brasileiro, Mauricio afirmou que os lados ainda precisam conversar, já que não se sabe se o uruguaio deseja voltar ao clube:

– Contratualmente, ter o Loco de volta em janeiro é possível. As portas estão abertas para ele. Mas, da mesma forma que ele saiu, devemos saber se quer voltar, se vai querer continuar ou ser emprestado – disse o presidente, em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

Além disso, o dirigente alvinegro afirmou torcer para que os catarinenses permaneçam na Série A:
– Torço para o Figueirense não cair, tenho carinho por ele. Não queria vê-lo rebaixado. Loco disse que entrou por uma porta e saiu por outra maior. Mas é preciso ter calma.

Loco Abreu deixou o Botafogo em julho deste ano, após afirmar que não se encaixava no estilo tático proposto pelo técnico Oswaldo de Oliveira. Á época, a ideia de Oswaldo era ter um atacante com mais mobilidade, algo que não faz parte das características do camisa 13 uruguaio.


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Presidente dá moral a Oswaldo e evita falar sobre futuro de gerente do Bota


Maurício Assumpção diz que Anderson Barros precisa falar e faz elogios ao trabalho do treinador, inclusive na derrota por 2 a 0 para o Santos


O Botafogo passa por uma momento de tensão depois da derrota por 2 a 0 para o Santos, quarta-feira, no Engenhão. A reação da torcida na arquibancada durante e depois do jogo, as declarações do ex-presidente Carlos Augusto Montenegro e a situação do time, mais uma vez, distante da vaga na Taça Libertadores deixam o ambiente carregado e cercado de especulações sobre o futuro de quem comanda o futebol do clube.

Na berlinda, o gerente de futebol Anderson Barros, no cargo desde 2009, e o técnico Oswaldo de Oliveira, contratado para iniciar a atual temporada. Ambos sofrem com a perseguição dos torcedores, que já exibiram faixas pedindo a saída da dupla. O presidente Maurício Assumpção não garantiu a permanência do dirigente.

Mauricio Assumpção, botafogo (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
Mauricio Assumpção fala sobre o futuro do Botafogo (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)

Independentemente de reformulação ou não, o foco é a Libertadores, importante para todos, 2013 é 2013. Primeiro, precisamos saber se os profissionais que aqui estão vão querer continuar. Conversei com o Anderson e ele vai responder as críticas que recebeu. Ele sabe como pegou o Botafogo e o que tivemos que construir aqui. Precisa falar. É legítimo o seu direito de se defender. Sabemos que situação é essa e porque está acontecendo - afirmou Maurício.

Com relação ao trabalho de Oswaldo, que tem contrato com o Botafogo até o fim do ano, o presidente foi mais enfático sobre o que pensa. Para ele, há situações em que o treinador já provou o seu valor, inclusive, na derrota por 2 a 0 para o Santos.

Quem cria a quantidade de chances que criamos tem um sistema que funciona e os jogadores estão à vontade nele. O treinador é o responsável por isso, não sou eu"Oswaldo de Oliveira- Quando se analisa futebol friamente, o primeiro tempo do time ontem (quarta-feira) só não foi petrfeito porque o gol não sair. O treinador do time adversário estava à beira de um ataque de nervos e isso mosta que nosso time tem qualidade. Quem cria a quantidade de chances que criamos tem um sistema que funciona e os jogadores estão à vontade nele. O treinador é o responsável por isso, não sou eu. Contra o Fluminense, aconteceu a mesma coisa, e o Abel disse que o seu time nos 20 primeiros minutos não viu a cor da bola - afirmou Maurício.

Apesar de todas as reclamações da torcida na arquibancada, o presidente garante que suas decisões serão tomadas sem pensar nessa reação. Maurício tem procurado acompanhar cada vez mais de perto os treinamentos do Botafogo, principalmente nos momentos mais complicados do time na temporada.

- Na hora em que o resultado não acontecer, é normal que haja a reclamação da torcida, é um direito dela. A mim, cabe analisar uma série de fatores. Quem vai torcer, não está aqui no dia a dia, não sabe o que acontece nos treinamentos, os jogadores que estão 100%, quem está com sinusite ou tem problemas pessoais. No começo do ano, falavam que o Botafogo jogava o futebol mais bonito do Brasil. Isso é uma evolução, um processo para qualificar ainda mais nossa equipe - explicou o dirigente.

O próximo jogo do Botafogo é contra o Grêmio, domingo, no Olímpico. O time está na oitava colocação, com 40 pontos, 10 atrás do Vasco, que seria hoje o último classificado para a Taça Libertadores do ano que vem.

Por Fred Huber e Thales Soares Rio de Janeiro